A produção de petróleo mundial crescerá 4,1 milhões de barris por dia (bpd) no período que começou em 2015 e vai até 2021, bem inferior ao aumento de 11 milhões bpd nos cinco anos anteriores. O Irã liderará o aumento entre os países que pertencem à Opep, enquanto os Estados Unidos darão a maior contribuição entre os que não integram a organização. O Brasil virá atrás dos EUA com a segunda maior alta na produção de petróleo entre os não membros da Opep.
O relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) divulgado nesta segunda-feira aposta que o equilíbrio entre produção e consumo se dará em 2017, com a demanda superando a oferta em 400 mil bpd em 2018.
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A AIE acredita que o Brasil será capaz de aumentar a produção diária em mais de 800 mil bpd,hc egando em 2012 a 3,36 milhões bpd. “Parece que, ao menos até agora, as novas instalações mais que compensarão o declínio em alguns campos de produção”.
Os gastos mundiais de capital (capex) em exploração e produção (E&P) de óleo devem cair 17% este ano, após um corte de 24% em 2015, afetados pelos baixos preços. Será a primeira vez desde 1986 que os investimentos na área de E&P caem por dois anos consecutivos.
A produção norte-americana alcançará o recorde de 14,2 milhões bpd até 2021, mas antes haverá um declínio de 600 mil bpd (2016) seguido de nova queda, de 200 mil bpd, em 2017. A alta nos preços, aliada à redução nos custos de produção, levarão à elevação após este ano. A produção iraniana deve passar de 1 milhão bpd para 3,9 milhão bpd até 2021.
A demanda crescerá em média 1,2 milhão bpd nos próximos anos, segundo estima a AIE, ultrapassando a marca simbólica de 100 milhões bpd ao final da década, atingindo 101,6 milhão bpd em 2021. A Ásia, Índia à frente, puxará o consumo.
“Em 2014 e novamente em 2015 a oferta excedeu a procura por margens significativa, em 900 mil barris e em 2 milhões de barris por dia, respectivamente”, revela a AIE. Para 2016, a estimativa é de que a oferta supere a procura em 1,1 milhão bpd.
Fonte: Monitor Mercantil