O desempenho operacional da MMX veio dentro das estimativas, devido às chuvas que afetaram os seus pontos de exploração
O desempenho operacional da MMX veio dentro das estimativas, devido às chuvas que afetaram os seus pontos de exploração
Mesmo com valores negativos, analistas aguardam recuperação nos próximos balanços.
Os números adversos da MMX, como a queda do lucro líquida em 22,7% e a retração da receita líquida em 10,9%, foram consequências das chuvas ocorridas nos estados de Minas Gerais e à baixa navegabilidade do Rio Paraguai, que compromete o transporte do minério produzido no sistema Corumbá.
Para os analistas da JP Morgan, é esperada uma reação negativa nas ações ordinárias da MMX. Porém, os responsáveis pelo relatório, Rodolfo de Angele, Mandeep Manihani e Lucas Ferreira, mantiveram a recomendação "neutra" aos papéis da mineradora.
"Acreditamos que os preços do minério serão alavancados a longo prazo, porém mantivemos a recomendação neutra aos papéis da companhia. No momento, atribuímos preferência pela MMXM11, devido ao risco menor de investimento", explica o relatório da JP Morgan.
Segundo Victor Penna, analista do BB Investimentos, o fraco desempenho operacional da MMX veio dentro das estimativas, em função das chuvas que afetaram os pontos de exploração da companhia. Para ele, a expansão da Unidade Serra Azul, da qual a companhia obteve licença para o início das obras recentemente, deve propiciar resultados favoráveis a MMX.
Com a autorização, a companhia dará continuidade às obras que contemplam uma usina de beneficiamento de minério com capacidade para 29 milhões de toneladas por ano. Neste contexto, o BB Investimentos mantém o preço dos ativos da empresa para o final do ano em revisão.
"Continuamos recomendando as ações da companhia e atribuímos a ela um preço-alvo de R$ 9,80, com 17% de acréscimo ao valor atual. Em nossa opinião, a expansão da Serra Azul, que deve ficar pronta dentro de 24 meses, contribuirá para o desempenho da companhia nos próximos anos", opinam Ivano Wetin, Viccenzo Paternostro e Marina Melemendjian, analistas do Credit Suisse.
As ações da MMX (MMXM3) caíram 3,372% durante o pregão desta quinta-feira (10/5), cotadas a R$ 8,03.
Fonte: Brasil Econômico/Marcelo Ribeiro
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