Entidades negam que o avanço do novo coronavírus (Covid-19) no Brasil possa impactar a venda de soja para a China. Nesta segunda-feira (06) foi divulgado que as autoridades chinesas estariam preocupadas com a reação lenta do Brasil no combate ao vírus e que isso poderia impactar a compra de produtos brasileiros, como é o caso da soja.
No entanto, de acordo com o coordenador do Movimento Pró-Logística, ligado à Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso (Aprosoja), Edeon Vaz, não há nenhuma sinalização até o momento de que os chineses vão deixar de comprar a soja brasileira.
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Vaz afirmou que o Brasil possui uma janela de exportação com a China que vai de fevereiro a junho e que isso se mantém todos os anos. Isso significa dizer que, durante este período, os chineses compram os produtos brasileiros. Fora dessa janela, a China pode priorizar a compra com os Estados Unidos ou Argentina, outros dois principais fornecedores do mercado chinês.
Além disso, segundo ele, entre a soja norte-americana e a brasileira, os chineses preferem a soja produzida no Brasil por ser mais rica em proteínas. Para Vaz, estratégias comerciais dos chineses podem ter motivado as críticas sobre os produtos comercializados do Brasil. De acordo com ele, as declarações negativas podem servir para a redução dos preços dos produtos.
De acordo com o relatório da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sobre os impactos do coronavírus na produção agropecuária no país, divulgado no último sábado (04), a produção e comercialização de soja e milho seguem dentro da normalidade, após preocupação com as condições logísticas. O destaque foi para a colheita do café que pode ser impactada pela falta de mão de obra e cuidado com os trabalhadores durante a pandemia do coronavírus.