O estado do Rio mantém o ritmo de crescimento da corrente de comércio brasileira, que no acumulado anual entre janeiro e junho de 2022 somou US$ 294 bilhões, alta de 25% comparada ao mesmo período do ano anterior. Em igual intervalo, a corrente fluminense também subiu 25% (US$ 32,4 bi), o segundo maior valor entre os estados.
As exportações fluminenses cresceram 23% e as importações, 29% no período. O estado do Rio teve superávit de US$ 7,2 bilhões, segundo o Boletim Rio Exporta, produzido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
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As exportações fluminenses somaram US$ 19,8 bilhões nesse primeiro semestre, puxadas pelo avanço de 21% das vendas de produtos básicos, com destaque para a indústria de petróleo e gás natural. Em paralelo, as vendas de manufaturados subiram 22%, com destaque para coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis. O embarque de óleos combustíveis cresceu 54%, principalmente para países asiáticos, como Singapura.
"O Brasil e o Rio de Janeiro em muito se beneficiam das vendas do petróleo e do gás natural. A escalada de preços global aumentou significativamente os valores das exportações, mas devemos ficar atentos, pois a ordem do comércio mundial tem passado por mudanças frente às pressões geopolíticas, como na Europa. O nosso petróleo, principalmente o do pré-sal com maior qualidade, passa a ser demandado por outras regiões do mundo", afirma Raul Sanson, vice-presidente da Firjan.
Giorgio Rossi, coordenador da Firjan Internacional, também enfatiza que a instabilidade geopolítica na Europa, com a guerra Rússia x Ucrânia, impacta o mercado. “A questão energética vai permear todo o boletim Rio Exporta de julho, devido à busca por fontes desde petróleo e gás até seus derivados. É uma crise energética global, refletida na alta de exportações de óleos combustíveis”.
Já nas importações (US$ 12,6 bi), a indústria de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores, ficou em segundo no acumulado anual, consequência do incremento de 251% nas compras de motores e turbinas para aviação. Quanto aos veículos automotores, reboques e carrocerias, especialmente vindos da Argentina e Suíça, a alta foi de 24%.
No comércio de óleos brutos de petróleo, as exportações fluminenses subiram 21% frente ao ano anterior. A China permaneceu como a principal parceira do estado, com 44% de participação. Espanha e Chile foram dois parceiros importantes. As importações do estado subiram 116%, tendo a Arábia Saudita fornecido 94% do petróleo.
Sobre as exportações exclusive petróleo, houve incremento de 30% no período, com os EUA mantendo-se como principal destino, com destaque para as vendas de produtos laminados de ferro ou aço que aumentaram 179%. As exportações para a União Europeia tiveram variação positiva de 105% no acumulado anual.
Já as importações exclusive petróleo cresceram 22% no semestre, perante mesmo período de 2021. Os EUA também foram o principal parceiro de compras internacionais do estado, principalmente de gás natural liquefeito (+106%) e de motores e turbinas de aviação (+260%). A alta de 12% nas importações do Mercosul é reflexo do avanço de 85% da compra de produtos da Argentina.