A adoção de 103 propostas para o aumento de produtividade do Brasil pode elevar o Produto Interno Bruto do país (PIB) em US$ 1 trilhão em cinco anos, segundo um estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
A entidade publicou ontem a “Agenda Propostas Firjan para um Brasil 4.0”, com 62 sugestões para o governo federal e 41 propostas para o governo estadual fluminense.
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“Com isso, o país pode subir do 12ª para o oitavo lugar no ranking das maiores economias do mundo. Estamos dispostos a trabalhar com os empreendedores brasileiros para isso”, disse o vice-presidente da Firjan, Luís Césio Caetano, em apresentação a empresários ontem no Rio.
Entre as propostas, estão uma reforma tributária e a restituição do crédito acumulado de ICMS, além da ampliação do crédito a micro e pequenas empresas. “Micro e pequenas empresas são a maioria no país e empregam um número de trabalhadores muito grande”, disse Caetano.
No âmbito estadual, a Firjan defende a concessão conjunta dos aeroportos Santos Dumont e Tom Jobim, além da conexão do Porto do Açu, no norte fluminense, à ferrovia Vitória-Minas. “Essa conexão abre uma oportunidade para transações comerciais sem limites”, afirmou Caetano.
A Firjan defende ainda a reinstituição do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e uma reforma administrativa para ampliar a eficiência do Estado.
Na área de infraestrutura, a entidade destaca a necessidade de avanço da modernização do setor elétrico, além da redução do custo e do aumento da qualidade da energia.
O estudo destaca também a importância da estruturação do mercado de carbono no país, criado por meio de um decreto presidencial em maio deste ano.
Durante participação virtual no evento de apresentação das propostas ontem, o presidente do conselho de administração do grupo Ultra, Pedro Wongtschowski, defendeu a necessidade de isonomia na competição entre as empresas para permitir a inovação no país.
“É impossível para uma empresa trabalhar de forma eficiente se outras empresas do mesmo setor não pagam imposto, não respeitam as mesma regras e leis”, afirmou.
Nesse contexto, Wongtschowsk disse que acredita que a chegada da conexão 5G ao Brasil pode ajudar na redução de custos e de emissões de gases de efeito estufa.
Também presente às discussões, o vice-presidente executivo de assuntos corporativos e institucionais da Vale, Alexandre D’Ambrosio, lembrou também da importância de uma reforma tributária no país. “Não se trata de aumentar impostos, mas de simplificar processos”, disse.
D’Ambrosio defendeu também a necessidade de as empresas estarem atentas à agenda ESG (sigla em inglês para parâmetros ambientais, sociais e de governança).
De acordo com o executivo, nessa área uma das intenções da Vale é ampliar a participação feminina e de negros entre os funcionários. “Os ambientes se tornam mais produtivos se têm respeito e são inclusivos”, apontou.
Fonte: Valor