Uma fraude cometida por funcionários da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) somou entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões, conforme apurou o Valor. Os desvios, decorrentes de irregularidades no departamento de compras de materiais, envolveram principalmente material de escritório e de pequenos equipamentos. Segundo informações, alguns dos contratos têm validade desde 1999. As compras envolvidas totalizaram cerca de R$ 100 milhões.
Três funcionários empresa foram presos, e dois envolvidos, que não são empregados da CSN, estavam foragidos. Em nota, a CSN informou que controles internos identificaram os indícios de fraudes e as apurações foram posteriormente enviadas ao Ministério Público (MP) para investigação e aplicação de medidas. Conforme a nota, a CSN diz que "como o processo está em andamento, ainda não é possível quantificar com exatidão os valores envolvidos".
Informações apontam que funcionários da empresa vazavam as propostas de aquisições de materiais, facilitando a concorrência para empresas interessadas. Em troca, recebiam porcentagem do valor dos contratos. Nove mandados de busca e apreensão teriam sido cumpridos no escritório da siderúrgica, em São Paulo. A investigação, no MP, vem sendo realizada desde janeiro, após a CSN encaminhar a denúncia ao MP.
A CSN é a quarta maior fabricante de aço do país e atua também em minério de ferro, cimento, energia, portos e ferrovias. Em 2014, teve receita líquida consolidada superior a R$ 16 bilhões.
Fonte: Valor Econômico/Ivo Ribeiro | De São Paulo
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