A partir de ontem, quarta-feira (15), 85 frigoríficos localizados no Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso estão proibidos de embarcar carnes para a Rússia. Apesar do anúncio da suspensão ter sido feito por Moscou há duas semanas, o Brasil só oficializou na última terça-feira (14) o pedido de revogação da restrição. "O Ministério da Agricultura e o setor exportador estão confiantes em que as negociações serão bem sucedidas e que o embargo será suspenso", informou o governo.
O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, reconheceu que a situação é "muito grave e muito difícil" e que conta com o Itamaraty para tentar reverter a situação de forma diplomática. Os comunicados oficiais, tanto do Brasil, quanto da Rússia, indicam que chegar numa solução não será fácil.
Os importadores sugeriram, em nota, que uma próxima rodada de negociações seja realizada no final do mês. O Brasil quer, entretanto, uma reunião já na próxima semana. Os dois países também não chegam a um consenso em relação ao envio de documentos que comprovem a sanidade da produção doméstica de animais.
A agência sanitária russa (Rosselkhoznadzor) disse que solicitou, em 21 de abril, a correção de violações detectadas durante a inspeção e pediu garantias razoáveis de cumprimento das exigências e normas necessárias, a fim de evitar restrições em larga escala. "Até agora não foi recebida resposta a essa proposição", disse o órgão.O Brasil, contudo, afirmou que todas as "não conformidades" com as normas da União Aduaneira foram totalmente atendidas e os procedimentos adequados aos requisitos russos.
Fonte: O Estado de S. Paulo.
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