Qual a importância de um conselheiro? Na prática, nenhuma; em geral, aprova-se tudo que vem da diretoria, sem maior exame. Mas não deveria ser assim. Na Petrobras, acionistas estrangeiros pedem a saída de Jorge Gerdau, por considerar que, há 13 anos representando os acionistas de papéis preferenciais, não tem protestado diante de políticas que prejudicariam a estatal.

No mercado, comenta-se que Gerdau, um grande empresário, com enorme prestígio ante seus pares industriais, vê a indicação ao conselho não como oportunidade para agir como fiscal, mas somente como uma honraria.

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No grupo Eike, dois notáveis eram conselheiros independentes, com direito a questionar atitudes de Batista: o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan e a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie. Suas presenças tinham objetivo de dar uma espécie de certificado de garantia ao grupo. Na prática, Malan e Gracie tiveram desempenho modesto. Não descobriram erros de planejamento ou execução e, quando a crise estourou, pediram os respectivos bonés.

Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta