São Paulo - O governo bateu o martelo e, salvo qualquer argumentação extraordinária nos próximos dias, o barril da cessão onerosa para a Petrobras ficará em US$ 8,50, segundo informações divulgadas na noite de ontem pela Agência Estado. O valor está exatamente no meio, entre o mínimo e o máximo sugerido nos laudos das consultorias contratadas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e Petrobras para avaliar a área de Franco, que será cedida pela União à estatal dentro de sua capitalização.
Segundo apurou o Grupo Estado, o valor do barril entre US$ 5 e US$ 6 apresentado pela consultoria DeGolyer & Mc Naughton, contratada pela Petrobras, não se sustentou na apresentação técnica feita ontem em Brasília em reunião interministerial. Segundo uma fonte, o laudo aparentou um conservadorismo na análise de dados nunca antes visto em outros projetos da estatal.
Por outro lado, o laudo da consultoria Gaffney, Cline & Associates, contratado pela ANP, teria superestimado o volume das reservas contidas na área, num total de 6 bilhões de barris.
A Petrobras teria resistido à decisão, mas acabou cedendo diante da ameaça de novo adiamento do processo de capitalização, caso houvesse necessidade de contratar uma terceira consultoria para balizar as análises.
Técnicos da ANP também não cederam completamente ao valor de US$ 8,50 definido pelo governo. Há uma tendência na agência reguladora a apresentar argumentações nos próximos dias que forcem o governo a aproximar esse valor dos US$ 10.
Fonte: DCI
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