As siderúrgicas brasileiras deverão sentir o impacto econômico provocado pela pandemia do novo coronavírus mais adiante. Segundo o presidente executivo do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, nos próximos meses a demanda por aço deverá cair com a parada de produção de grandes clientes como as montadoras e fabricantes de linha branca.
“Não dá para sabermos o tamanho dessa queda, mas ela virá. A partir de abril, acontecendo a evolução esperada da pandemia, a demanda por aço vai cair, só não sabemos quanto.”
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Na CSN, por exemplo, os altos-fornos estão trabalhando normalmente. A usina de Volta Redonda (RJ) continua produzindo e a siderúrgica adotou medidas de segurança para inibir a transmissão do vírus. Uma delas, segundo uma fonte da siderúrgica, é o escalonamento no refeitório para não haver aglomerações no local no horário de almoço.
A companhia criou ainda um comitê de crise em cada unidade para avaliar as medidas segurança corretas a serem tomadas para manter os empregados em segurança.
Quanto aos reajustes propostos pelas siderúrgicas para os próximos meses, Loureiro, do Inda, disse que não devem ser implementados justamente por falta de demanda, mesmo com o prêmio negativo frente o importado.
A CSN e a Usiminas haviam informado a intenção de promover aumentos de preços em torno de 10% em março e abril, em função da alta dos custos com a escalada do câmbio neste mês.
Fonte: Valor