Se não fosse por combustíveis e lubrificantes, a produção de bens intermediários teria registrado crescimento negativo nos primeiros nove meses de 2013. De janeiro a setembro, a fabricação de produtos usados como matéria-prima pela indústria aumentou apenas 0,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Sem o crescimento de 7,6% na produção de derivados de petróleo e gás, os bens intermediários teriam recuado 0,8%.
Enquanto a produção ficou quase estagnada, o volume de produtos intermediários importados aumentou 9,9% no mesmo período, de acordo com a Funcex. Para analistas, o salto nas importações explica grande parte do fraco desempenho da indústria nacional.
Números do IBGE mostram que, de janeiro a setembro, cinco dos oito grupos que compõem a categoria registraram queda de produção. Juntos, respondem por quase 75% da produção de bens intermediários no país. O setor é o mais amplo da indústria, sendo responsável por 55% da produção brasileira. "Há influências de demanda, importações, clima, preço. E cada segmento reage de forma distinta a tudo isso", diz André Macedo, gerente do IBGE.
Fonte: Valor Econômico/Francine De Lorenzo | De São Paulo
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