Representantes do setor de máquinas e equipamentos pediram nesta quarta-feira ao vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), que, caso assuma o comando do país com o afastamento da presidente Dilma Rousseff, adote imediatamente medidas para conter a queda do consumo e dos investimentos no país.
O presidente da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Pastoriza, disse que, caso assuma a Presidência da República, Temer terá “uma janela” de confiança de 90 dias para “fazer um cavalo de pau” na economia.
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Após encontro com o vice-presidente no Palácio do Jaburu, Pastoriza destacou que nos últimos dois anos o consumo no setor caiu 15% e os investimentos, 40%, com tendência de mais queda. “É um negócio brutal e falamos isso para o Michel. Está derretendo o investimento no Brasil em um momento muito ruim porque deveríamos estar investindo mais que os outros países para a gente fechar o gap (diferença) tecnológico dos (em relação aos) países ricos”, comparou.
“No fundo, nós metemos pressão (no vice-presidente). Falamos: você tem uma janela, na nossa opinião, de 90 dias. Em 90 dias se as coisas não acontecerem a janela se fecha e o bicho pega”, disse o presidente da Abimaq sobre o encontro com Temer.
Para a Abimaq, no curto prazo, o eventual Governo Temer deve baixar a taxa básica de juros (Selic) e reduzir o número de ministérios. “Com a queda da taxa Selic, estimularia o consumo e o inves-timento imediato. Poderia fazer com que a economia retomasse a produção, o emprego e virasse de espiral viciosa para virtuosa”, disse Pastoriza.
No pacote de estímulo à economia apresentado a Temer, a indústria de máquinas e equipamentos também sugeriu o destravamento das parcerias público-privadas. “Existem centenas de bilhões de reais esperando para serem investidos e uma enormidade de projetos de infraestrutura, trilhões de dólares lá fora a espera de um ambiente regulatório e politico confiável. Isso também pode gerar um efeito cascata no consumo muito grande”, analisou.
Fonte: Monitor Mercantil