De São Paulo - As consultas ao BNDES no primeiro trimestre apontam quadro não tão animador para o investimento no resto de 2011. Em valor, elas caíram 14,4% em relação a igual período de 2010, com tombo na agropecuária, indústria e infraestrutura. O chefe da área de pesquisa econômica do BNDES, Fernando Puga, relativiza a queda. Para ele, a demanda pelo Programa de Sustentação do Investimento inflou o resultado de 2010 em setores como material de transporte e transporte rodoviário.
Puga espera alta de 2,3% para o investimento no trimestre e de 8% para o ano, o dobro dos cerca de 4% estimados para o Produto Interno Bruto (PIB). Os aportes, diz, vão bem nas áreas de infraestrutura: energia elétrica, petróleo, papel e celulose e segmentos que fabricam máquinas para esses setores. "É reducionista dizer que só há investimento forte em commodities."
A maioria das consultorias espera expansão do investimento superior à do consumo das famílias em 2011. A MB Associados estima crescimento de 9,6% para a formação bruta de capital fixo e de 5,3% para o consumo das famílias, além de PIB de 4,5%. Já a Tendências projeta PIB de 3,9%, com investimento crescendo 5%, bem abaixo dos 21,9% de 2010, movimento influenciado em grande parte pela base de comparação elevada. A consultoria espera alta de 5,9% no consumo das famílias, impulsionado pelo mercado de trabalho aquecido - o número não fica muito abaixo dos 7% de 2010.
(Fonte: Valor Econômico/SL)
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