O Indicador Mensal de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta terça-feira (1), registrou recuo de 4,7% em março, frente a fevereiro deste ano. Na análise trimestral, o crescimento foi de 4,6% — resultado já ajustado pelo resultado das Contas Nacionais Trimestrais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com os mesmos períodos de 2020, houve alta de 27% em março e de 17% no primeiro trimestre.
O Indicador de FBCF mede os investimentos no aumento da capacidade produtiva da economia e na reposição da depreciação do estoque de capital fixo. No acumulado de 12 meses encerrados em março, a expansão foi de 2%.
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A FBCF é composta por máquinas e equipamentos, construção civil e outros ativos fixos. O consumo aparente de máquinas e equipamentos teve queda de 11% em março, encerrando o trimestre com alta de 25,6%. A produção de máquinas e equipamentos destinados ao mercado interno apresentou queda de 5,1% em março, encerrando o primeiro trimestre com recuo de 4%. A importação desses itens caiu 12,8% em março, mas teve alta de 82,7% no primeiro trimestre, devido à realização de importações de plataformas de petróleo, que ainda estão em parte associados às mudanças no regime aduaneiro Repetro. Embora a nacionalização para as chamadas "importações fictas" tivesse como prazo final dezembro de 2020, existe uma defasagem para a contabilização dos seus efeitos.
O indicador de construção civil avançou 0,1% em março, após duas quedas consecutivas. Ainda assim, o segmento teve recuo de 3,1% no primeiro trimestre do ano. O bom desempenho foi generalizado na comparação com março de 2020: alta de 58,1% para o componente "máquinas e equipamentos", avanço de 5% para o componente "outros ativos fixos" e crescimento de 6,8% na construção civil.