A 14ª Rodada de Blocos Exploratórios da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) envolve a oferta de 287 blocos, em mar e terra, espalhados em nove bacias sedimentares (Sergipe-Alagoas, Espírito Santo, Campos, Santos, Pelotas, Paranaíba, Paraná, Potiguar e Recôncavo), totalizando uma área ofertada de 122.622 quilômetros quadrados.
Um total de 32 empresas de diversos países se inscreveram e estão no páreo, desde gigantes do setor como ExxonMobil, Shell, BP, Total, Rosneft, até empresas de menor porte, focadas em ativos terrestres como Alvopetro, GranTierra e Geopark.
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Acompanhe os resultados do leilão.
Bacia do Parnaíba
A Parnaíba Gás Natural (PGN) controlada pela Eneva, arrematou todos os cinco blocos exploratórios do setor SPN-N, na Bacia do Parnaíba, região Nordeste do país. A companhia pagou R$ 2,7 milhões em bônus de assinatura pelas cinco concessões, o que representa ágio de 10%. A companhia assumiu compromissos de investimentos mínimos obrigatórios de R$ 55,3 milhões nas concessões.
Não houve ofertas por sete blocos oferecidos no setor SPN-SE, também na Bacia do Parnaíba.
Os blocos que foram arrematados ficam no Maranhão. Os que não foram arrematados se localizam no Piauí e no Maranhão.
Bacia de Pelotas
Os seis blocos exploratórios ofertados na Bacia de Pelotas, no Rio de Grande do Sul, não receberam propostas. A Bacia de Pelotas já havia sido incluída na 13ª Rodada, em 2015. Na ocasião também não recebeu ofertas.
Para a 14ª Rodada, a ANP chegou a reduzir as alíquotas de royalties de 10% para 5%, na tentativa de atrair investimentos. Mesmo assim, os blocos não tiveram interessados.
Bacia Potiguar
A Geopark arrematou a concessão do bloco POT-T-785, na Bacia Potiguar, com bônus de R$ 412,5 mil. A companhia foi a única a apresentar propostas para a Bacia e para apenas um bloco na região.
Ao todo 61 blocos na Bacia Potiguar não receberam ofertas.
Bacia de Santos
A petroleira australiana Karoon arrematou o único bloco a receber ofertas na Bacia de Santos (SP). A companhia ganhou a concessão do bloco 1537 ofertando R$ 20 milhões de bônus, com ágio de 23,15%. Foi o primeiro bloco marítimo arrematado no leilão.
Ao todo, 75 blocos da Bacia de Santos não receberam ofertas.
Bacia do Recôncavo
A Petroil arrematou três blocos exploratórios na bacia do Recôncavo (BA) - EC-T-109, REC-T-119 e REC-T-120 - pagando R$ 256 mil em bônus de assinatura sem ágio. A empresa assumiu compromisso de investimentos mínimos obrigatórios de R$ 2,62 milhões.
Também no Recôncavo, a chinesa TEK arrematou o bloco REC-T-126 por R$ 88 mil, enquanto a Guindastes Brasil adquiriu o bloco REC-T-151, no Recôncavo, por R$ 66,4 mil.
Já a TEK arrematou o bloco REC-T-127, na mesma bacia, com bônus de R$ 1,41 milhão. A companhia também ofereceu proposta pelo bloco REC-T-166, mas perdeu a disputa para a Great Energy, que venceu a área com bônus proposto de R$ 121 milhões.
Bacia do Paraná
A Petrobras arrematou seu primeiro bloco exploratório na 14ª Rodada da ANP, o bloco terrestre PAR-T-175, na Bacia do Paraná.
A estatal pagou R$ 1,69 milhão em bônus de assinatura, com ágio de 305%, e um compromisso de investimentos mínimos de R$ 20,5 milhões.
As dez demais áreas ofertadas na Bacia não receberam propostas.
Bacia do Espírito Santo
A espanhola Repsol e a chinesa CNOOC arremataram um bloco exploratório cada uma na parte marítima da Bacia do Espírito Santo. A primeira adquiriu a área ES-M-667 por R$ 23 milhões e a segunda ficou com o bloco ES-M-592 por R$ 23,5 milhões.
A Imetame arrematou os blocos terrestres ES-T-373 e o ES-T-354 na Bacia do Espírito Santo, com pagamento o de bônus de R$ 350 mil e R$ 453 mil, respectivamente. A companhia ficou ainda com blocos ES-T-441, ES-T-487 e ES-T-477, com bônus de R$ 1 milhão, R$ 800,1 mil e R$ 245, mil, nesta ordem.
Na mesma bacia, a Bertek arrematou o bloco ES-T-345, com bônus de R$ 131 mil, e o bloco ES-T-476, com bônus de R$ 355 mil. A Vipetro, por sua vez, levou o bloco terrestre ES-T-453 por R$ 601 mil.
Bacia Sergipe-Alagoas
Apenas dois dos 46 blocos terrestres ofertados na Bacia Sergipe-Alagoas foram arrematados. A empresa Guindastes Brasil pagou um bônus de assinatura de R$ 95 mil pela área SEAL-T-132 e assumiu compromissos de investimentos mínimos obrigatórios de R$ 1,15 milhão. Já a Greenconsult arrematou o bloco SEAL-T-430, por R$ 112 mil, que assumiu compromisso de investimento mínimo de R$ 1,06 milhão.
Já o consórcio formado pela ExxonMobil (50%), Queiroz Galvão Exploração e Produção (30%) e Murphy Oil (20%) arrematou dois blocos marítimos na Bacia Sergipe-Alagoas. Foram arrematados o SEAL-M-501, por um bônus de assinatura de R$ 62,8 milhões, e o SEAL-M-503, por R$ 47,1 milhões.
O consórcio se comprometeu com investimentos totais mínimos obrigatórios de R$ 48,6 milhões nas duas áreas.
As nove demais áreas ofertadas não receberam propostas. A região é considerada no mercado uma das fronteiras exploratórias mais promissoras do leilão.
Fonte: Valor