Leilão de papéis da Steel do Brasil movimenta mais de R$ 53 milhões
Transcorreu bem o leilão marcado para ontem das ações da Steel do Brasil. A operação movimentou 7,314 milhões de ações ordinárias (ON, com direito a voto), o que equivale a 9,11% do capital da companhia. Os papéis foram vendidos no preço previsto no edital, a R$ 7,33 cada um, totalizando um movimento de R$ 53,611 milhões.
O total de ações negociadas superou ligeiramente o que era esperado, de 7,233 milhões de papéis, a R$ 53,018 milhões.
Na ponta vendedora estava o MCM - Metropolis Capital Markets GmbH, controlador e único acionista da Steel do Brasil até então, com 100% do capital.
A Itaú Corretora, que representava o vendedor, apareceu também na ponta compradora com cinco ordens que totalizaram o mesmo tamanho do lote inicial previsto para ser vendido, de 7,233 milhões de ações ordinárias. Um desses investidores comprou 7,15 milhões de ações e deve ter seu nome divulgado em breve, já que a fatia adquirida supera o mínimo de 5% do capital exigido pela legislação.
As corretoras Novinvest, BTG Pactual, TOV, Banif e Solidez também representaram compradores durante o leilão, que arremataram em conjunto 80,9 mil ações, com giro de R$ 592,9 mil.
A Steel do Brasil é uma empresa pré-operacional que tem planos de atuar no setor de mineração no país, mas que até agora não captou recursos no mercado para financiar seus projetos. No fim de setembro, a empresa tinha caixa de R$ 54 mil e ativo total de R$ 89 mil.
Em junho deste ano, a empresa abriu o capital e, mesmo sem fazer oferta pública, listou suas ações na Bovespa. Como só havia um acionista, não houve negociação de papéis até ontem.
Nesta semana, a companhia divulgou fato relevante dizendo que o MCM pretendia vender "parte de suas ações e financiar" a companhia. Como houve uma venda secundária, não ficou claro de que forma esse dinheiro voltará para a empresa, se é que voltará.
Segundo o prospecto, a Steel do Brasil aposta no seu time de executivos para captar recursos. O presidente do conselho de administração é Heinz-Gerd Stein, que desenvolveu grande parte de sua carreira na ThyssenKrupp. O controlador indireto da companhia e integrante do conselho é Dirk Adamski, fundador da consultoria de investimentos MCM e da incorporadora Metropolis Immobilien.(Fonte: Valor Econômico/FT/De São Paulo)