A BR Distribuidora fechou o primeiro trimestre com crescimento no resultado financeiro e ganho de fatia de mercado, mesmo admitindo que a piora da pandemia no início do ano “voltou a pressionar a demanda de derivados”.
Entre janeiro e março, a companhia registrou lucro líquido de R$ 492 milhões, alta de 110,3% frente aos R$ 234 milhões de igual período do ano passado. A receita líquida foi de R$ 26,1 bilhões, crescimento de 23,3% na comparação com os R$ 21,2 bilhões de igual período de 2020, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado ficou em R$ 1,18 bilhão, alta de 116,9% ante os R$ 545 milhões do primeiro trimestre do ano passado.
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A participação de mercado média da BR Distribuidora no primeiro trimestre ficou em 28,1%, o que representou avanço de 2,5 pontos percentuais frente aos três primeiros meses do ano passado. No balanço divulgado ontem, a empresa ressaltou que esse crescimento dá continuidade a trajetória de avanço de “market share” que acontece desde o primeiro trimestre do ano passado.
Mas a pandemia voltou a pressionar a demanda de derivados. Se por um lado o volume de vendas no primeiro trimestre atingiu 9,337 milhões de metros cúbicos, o que representou alta de 1,6% na comparação com os 9,191 milhões de metros cúbicos de igual período do ano passado, por outro houve queda de 9,2% frente ao quarto trimestre de 2020, quando foram vendidos 10,278 milhões de metros cúbicos. A BR ressaltou que essa queda frente ao quarto trimestre aconteceu “principalmente pelos efeitos sazonais em adição aos efeitos da pandemia na redução da mobilidade urbana”.
A BR também identificou oportunidades adicionais de ganhos de eficiência que poderão produzir economia da ordem de R$ 250 milhões em relação aos níveis de 2020. Segundo a empresa, essa economia deverá se somar aos quase R$ 200 milhões que virão da redução de despesas com plano de saúde - já capturados em 2021. “Desta forma, vemos potencial de redução de despesas de cerca de R$ 450 milhões em relação a 2020, já a partir do ano que vem”, disse a companhia no balanço.
Ontem, a empresa informou que chegou a acordo com a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) para renegociação de dívida. O impacto positivo para a BR é estimado em R$ 353 milhões.
Fonte: Valor