A fabricante de equipamentos WEG teve lucro de R$ 764,2 milhões no primeiro trimestre de 2021, o que representa uma alta de 74% ante os R$ 440 milhões registrados no mesmo período de 2020.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 1,01 bilhão, 64% maior que um ano antes.
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O resultado foi beneficiado por fatores como a melhora da demanda do mercado externo, o crescimento da receita no mercado interno e a variação de quase 23% do dólar frente ao real, que teve efeitos na receita obtida no exterior.
A receita da companhia aumentou 37%, chegando a R$ 5,07 bilhões. A maior parte do faturamento (54%) teve como origem o mercado doméstico, que cresceu 38,4% com maior venda de produtos de equipamentos de ciclo curto — de menor porte e fabricados em série.
Segundo a WEG, os equipamentos de ciclo longo, produtos que costumam ser destinados a grandes projetos industriais e de infraestrutura, também tiveram papel relevante no trimestre, com a entrega de encomendas feitas em períodos anteriores para setores como transmissão e distribuição e automação industrial.
No mercado externo, a receita aumentou 35%. As vendas para a área de equipamentos eletroeletrônicos na China e para a área de motores comerciais nas Américas foram alguns dos destaques do período. A WEG notou uma melhora na entrada de pedidos de equipamentos no exterior no fim do primeiro trimestre, o que, segundo a administração da companhia, sinaliza a recuperação da atividade industrial global após trimestres com volatilidade.
O comentário, que aparece no relatório sobre os resultados do período, faz referência aos equipamentos de ciclo longo — que costumam ser destinados a grandes projetos industriais e de infraestrutura e representam melhores margens para a companhia.
Em relação aos equipamentos de ciclo curto, a WEG diz que houve uma continuidade da recuperação gradual da atividade industrial nas principais regiões do mundo, mas que em algumas delas o volume ainda não está próximo do que era antes da crise.
A China foi um dos destaques do período, diz a empresa, com um aumento de receita decorrente da recuperação econômica nos últimos doze meses.
Margem
Com uma atividade operacional “próxima à normalidade” na maioria das operações no Brasil e fábricas no exterior se aproximando de níveis ideais de capacidade de utilização, a WEG mostrou uma melhora na margem bruta no primeiro trimestre.
O indicador, que mede diferença entre o faturado e o custo de fazer o produto ou prestar o serviço, passou de 29,5% nos três primeiros meses de 2020 para 31,9% no mesmo período de 2021, com a receita crescendo em ritmo maior que os custos.
Também impulsionou o resultado a redução de custos e a melhora nos processos, principalmente nas operações no exterior, que compensaram o aumento dos preços da matéria-prima e a variação cambial, diz a WEG.
Tais fatores também influenciaram no aumento da margem Ebitda, que foi de 16,7% a 20%, e na margem líquida, que cresceu 3,3 pontos percentuais, para 15,1%.
Fonte: Valor