A gaúcha Kepler Weber, fabricante de silos e sistemas de armazenagem, registrou lucro líquido de R$ 21,1 milhões no quarto trimestre de 2019, 26,6% menos que no mesmo período do ano anterior (R$ 28,7 milhões). A receita líquida da empresa caiu 7,5% na comparação, para R$ 179,4 milhões, e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi 28,4% menor (R$ R$ 30,9 milhões).
Em todo o ano passado, contudo, a Kepler Weber registrou lucro líquido de R$ 37,6 milhões, 4,5 vezes maior que em 2018. A receita líquida cresceu 1,2%, para R$ 583,5 milhões, e o Ebitda aumentou 72%, para R$ 83,3 milhões.
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Em nota, a companhia afirmou que os resultados de 2019 refletiram suas ações na captura de melhores preços e de um mix favorável de produtos. “Apesar da redução no volume de vendas, conseguimos, por meio de nossa estratégia de reposição de preços, alinhada à gestão de custos e despesas, alcançar um aumento expressivo no lucro líquido”, informou.
Piero Abbondi, presidente da Kepler Weber disse, na nota, que após seis meses de vigência do Plano Safra 2019/2020, observou-se que a tomada de recursos do PCA (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns) se demonstrou aquecida, com o rápido comprometimento de todo o valor disponível de R$ 1,615 bilhão. Mas, para o executivo, “os recursos disponibilizados não são suficientes para a redução do expressivo déficit de armazenagem de grãos”.
No acumulado do ano, o endividamento líquido da companhia passou a R$ 44,8 milhões. Em 2018, eram R$ 7,2 milhões.
Como informou o Valor, em dezembro do ano passado, houve uma alteração na composição acionária da companhia. A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, vendeu grande parte de seus papéis e a principal compradora foi a gestora de recursos Tarpon, que já tinha uma participação e aumentou a fatia para 25%, tornando-se a principal acionista
Fonte: Valor