A presidente Dilma e o PT deveriam deixar a política dita bolivariana de lado e ver o Mercosul com a pragmática visão econômica. Não importa se os governos são aliados, mas há 70 mil pares de sapatos brasileiros retidos na alfândega, causando prejuízos a exportadores, caminhoneiros e outros profissionais. Brasileiros que investiram na Argentina – inclusive gigantes como Petrobras e Vale – se dão por satisfeitos se conseguirem limitar perdas, pois não há hipótese de lucrarem.
Sem qualquer conteúdo ideológico, Walter Soto, diretor da Coopercarga para o Mercosul, se queixa do protecionismo argentino e especialmente, da demora para liberação das Licenças de Importação (LIs) e das Declarações Juradas Antecipadas de Importação (Dajais). Informa que um caminhão que antes fazia duas viagens por mês, agora conclui apenas uma. Lembra que as travas do Mercosul são geradas “pelos próprios governos” e pede visão mais ampla: “O Brasil corre o risco de ficar de fora das cadeias internacionais”.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
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