RIO DE JANEIRO - O presidente do grupo EBX, Eike Batista, revelou ontem que a MMX, mineradora do grupo, enviou a primeira remessa de minério de ferro à China: 150 mil toneladas que fazem parte de contrato firmado com a aquele país. Segundo Batista, a remessa enviada corresponde ao total acordado para este ano. "A demanda por minério de ferro continua enorme. A China não parou. E a Índia, que era exportadora de minério para a China, está virando quase importadora", disse Eike, e acrescentou que, em razão da demanda, a MMX continua procurando ativos para crescer.
O anúncio foi feito ontem na cerimônia de lançamento das obras do Superporto Sudeste, terminal portuário privativo de uso misto localizado na Baía de Sepetiba, em Itaguaí, a 80 km do Rio. A LLX, empresa de logística do grupo EBX, participa do empreendimento, orçado em R$ 1,8 bilhão, que escoará a produção do Sistema Sudeste da MMX e de outros produtos de minério de ferro do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais, que hoje não exporta por falta de opção logística. O porto, cujo início da operação está previsto para o começo de 2012, terá área de 52 hectares, profundidade de 21 metros e estrutura offshore inicial com dois berços para navio.
Com a implantação do Superporto Sudeste, a MMX passará a escoar por ele a produção. O contrato da empresa com a China é de 33 milhões de toneladas, produção que a empresa espera alcançar até 2014. "Hoje, produzimos 7 milhões de toneladas e temos dificuldade de escoar", disse Eike.
O restante da capacidade do porto, que é de 50 milhões de toneladas por ano, deve ser utilizada com a produção de terceiros. "Estamos em contato com todas as empresas do Quadrilátero Ferrífero de Minas todos os dias", afirmou Eike. "Quem tem a mina vai ter de buscar comprador e fechar um contrato take-or-pay conosco, para usar uma parte da capacidade do porto", explicou. Ele afirmou que, além de Minas, o porto pode atender outros estados. "Isso porque vai entrar carvão eventualmente", explicou.
Aço
Uma comissão de comércio dos Estados Unidos recusou um pedido da indústria daquele país sobre imposição de tarifas a centenas de milhões de dólares em importações de um tipo de produto de aço da China. O raro voto contrário decidido pela Comissão Internacional de Comércio dos EUA impede o Departamento de Comércio do país de impor tarifas que podem chegar a 437 % sobre grades de aço.
Fonte: DCI/Agência Estado
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