Os resultados do ano de 2012 não foram satisfatórios para a indústria e para a economia brasileira, mas a expectativa para o ano de 2013 é positiva assim que surtir efeitos uma série de medidas conduzidas pelo governo federal, como o corte na taxa de juros, a redução nas tarifas de energia, o câmbio em patamares mais equilbrados e o fim da Guerra dos Portos. A avaliação sobre o balanço do ano de 2012 é do presidente da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp), Paulo Skaf. “No ano que vem, a palavra vai ser reindustrialização. Esses fatores vão provocar a reindustrialização do Brasil”, disse o executivo.
Em 2013, o presidente da Fiesp estima um crescimento entre 2,5% e 3,5% para a economia. “Foi um ano de coisas positivas, como a redução dos juros. A taxa Selic [ 7,25% ao ano, atualmente ] tem toda condição de baixar e o governo aceitou essa ideia, mas não há razão nenhuma para a Selic não chegar a 5%”, afirmou Skaf. Na análise do executivo, as perspectivas para o desempenho do dólar também são mais favoráveis no próximo ano. Com o dólar operando na faixa de R$ 2,10 no segundo semestre deste ano, Skaf acredita que a relação cambial em 2013 deverá ser de US$ 1 para a faixa de R$ 2,30. “A somatória desses pontos todos leva a tempos melhores”, disse Skaf.
O executivo adiantou que a Fiesp tem vários pontos de pauta para o ano que vem, como a redução do preço do gás e dos spreads bancários, a abertura do mercado de capitais para empresas de médio porte e a desoneração dos produtos da cesta básica. Segundo Skaf, o Brasil é um país de empreendedores. “Quando as condições passam a ser favoráveis, você tem um novo ciclo, o da reindustrialização. O grande segredo vai ser estimular os investimentos”, afirmou ele, acrescentando ainda que o país precisa crescer com investimentos. "Está provado que quando não se tem crescimento da indústria não tem crescimento do PIB. A indústria precisa crescer para o PIB crescer e gerar desenvolvimento e entrar naquele círculo virtuoso que todos nós queremos", concluiu.
Da Redação
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