O grupo norueguês Norsk Hydro iniciou uma queda de braço com as autoridades que o acusam de ter contaminado solos e águas próximas à Alunorte, refinaria de alumina localizada em Barcarena, no Pará. A empresa abriu uma ofensiva contra o Instituto Evandro Chagas (IEC), do Ministério da Saúde, e o Ministério Público para provar que não houve vazamento ou transbordo de rejeitos de sua operação e, com isso, poder voltar a operar com 100% de sua capacidade.
Há seis semanas a Alunorte está obrigada a funcionar com 50% de ocupação, sob suspeita de ter despejado contaminantes fora da unidade industrial.
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O polo industrial de Barcarena tem 90 empresas distribuídas em 3.000 hectares. Um trabalho da pesquisadora Simone de Fátima Pereira, da Universidade do Pará, mostra que os moradores de 14 comunidades da região têm vestígios de chumbo nos cabelos muito acima dos limites aceitos por estudiosos do tema. O mesmo ocorre com concentrações de alumínio, ferro, manganês, níquel, estrôncio e zinco.
Fonte: Valor