Os fundos que compõem o bloco de acionistas da América Latina Logística (ALL) - Previ (Fundo dos Funcionários do Banco do Brasil), Funcef (Fundação dos Economiários Federais), o braço de participação do BNDES (BNDES Par), além do BRZ ALL - querem uma atuação limitada da Rumo Logística, controlada pela Cosan, para que o grupo entre no bloco de controle da companhia ferroviária. Esse item está travando as negociações, apurou o Valor. Executivos da Cosan e dos fundos de pensão reúnem-se amanhã para dar prosseguimento às conversações.
Em fevereiro do ano passado, a Cosan fez proposta para a compra de ações dos acionistas Riccardo Arduini, conselheiro da concessionária, de sua esposa Julia Dora Koranyi Arduini, e da GMI (Global Market Investiments), que representa o presidente do conselho de administração da ALL, Wilson De Lara. A oferta foi de R$ 896,5 milhões para a aquisição de 38.980.117 de ações da companhia, das quais 34 milhões de papéis vinculados ao acordo de acionistas
A operação, para ser concluída, depende da aprovação de todos os acionistas. Como não foram contemplados pela oferta da Cosan, esses fundos estavam dispostos a barrar a operação. Um rearranjo está em discussão, no qual os acionistas que receberam a proposta original vão ceder participações aos fundos para também serem contemplados pelo negócio.
Fontes ouvidas pelo Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, informaram que executivos do grupo Cosan também estavam prestes a anunciar uma parceria com a rede Frango Assado, com restaurantes em rodovias, para o fornecimento de alimentos para as lojas de conveniência da Shell, sua parceira na Raízen, joint venture entre as duas companhias. O acordo não foi levado adiante e a Cosan procura um novo parceiro. Procurada, a companhia não comenta o assunto.
Fonte: Valor / Mônica Scaramuzzo e Ana Paula Ragazzi
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