São Paulo - As seis empresas do empresário Eike Batista listadas na Bolsa perderam já R$ 11,7 bilhões em valor de mercado este ano. O levantamento feito pela consultoria Economatica comparou o valor das ações do início do ano até a última quarta-feira (9). No final de 2010, o valor de mercado das empresas de Eike era de R$ 87,2 bilhões. Na quarta-feira, elas valiam R$ 75,4 bilhões.
O valor de mercado é o preço de cada ação da empresa multiplicado pelo número de papéis em circulação, ou seja, representa o quanto um investidor pagaria se fosse possível comprar as ações da companhia.
A empresa de Eike com a maior queda de valor de mercado nominalmente é a OGX (OGXP3), de exploração e produção de óleo e gás, com queda de R$ 9,5 bilhões. A ação ordinária (com direito a voto) da empresa caiu 14,8%. A ação que teve o maior recuo foi a da mineradora MMX (MMXM3), com queda de 18,7%. Das seis empresas, apenas as ações da empresa de energia MPX (MPXE3) tiveram rentabilidade positiva no período, com 21,9% de alta.
Sobre a OGX, Eike informou que empresa confirmou o potencial produtivo de 40 mil barris de óleo por dia no poço OGX-26HP, localizado na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. A empresa pretende iniciar a produção de petróleo a partir de agosto deste ano. O empresário disse ainda que a OGX vai listar suas ações na Bolsa de Londres neste ano. A intenção, segundo ele, é atrair investidores que deixam de investir no Brasil por causa da burocracia.
Na conversa com jornalistas, Eike disse que vai criar uma nova empresa com uma mina de carvão que atualmente pertence a sua companhia MPX. A nova empresa vai se chamar CCX (Colombian Coal).
A ideia inicial é abrir o capital da empresa no Brasil, mas também nas Bolsas de Londres e de Bogotá. "O IPO [oferta inicial de ações, na sigla em inglês] da Colômbia seria para levantar entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão. O ativo total seria avaliado entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões", afirmou. "Descobrimos o Carajás do carvão", disse ele.
Na quarta-feira, Eike convocou duas teleconferências com jornalistas e investidores para desmentir que estivesse sofrendo problemas de saúde que, segundo ele, estão sendo divulgados por parte da imprensa. Ele também disse que a saída de alguns executivos de suas empresas não afeta seus negócios.
Fonte: DCI/AEPB
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