Autoridades dos principais produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) disseram nesta quinta-feira não verem necessidade imediata de resposta à alta dos preços do petróleo para além de US$ 100 o barril depois que as forças russas atacaram a Ucrânia.
“A situação é realmente complicada e volátil”, disse um delegado da Opep de um importante produtor do Golfo Pérsico. “O mercado precisa de mais tempo para analisar [a escalada da tensão no Leste Europeu] para então depois decidir”, emendou.
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O preço do petróleo tipo Brent, a referência global, passou de US$ 100 o barril pela primeira vez desde 2014, depois que a Rússia iniciou uma incursão militar na Ucrânia, atingindo cidades com ataques aéreos e em regiões de fronteira.
A Opep e seus aliados liderados pela Rússia devem se reunir virtualmente na próxima quarta-feira para decidir sobre os planos de produção. Até janeiro, o cartel manteve o cronograma de aumento mensal de 400 mil barris por dia na oferta, como parte de um plano para aumentar a produção para níveis pré-pandêmicos.
Autoridades do cartel dentro e fora do Golfo Pérsico disseram que não há necessidade de adiantar a data da reunião ou alterar os planos de produção, por enquanto, na ausência de grandes interrupções da Rússia. Moscou fornece um quarto do petróleo da Europa e também é um fornecedor importante para os Estados Unidos e a Ásia, sendo que grande parte da oferta russa é enviada por portos próximos à Ucrânia.
Fonte: Valor