O Ministério das Relações Exteriores informou ao Estadão/Broadcast, por meio de sua assessoria de imprensa, que consultas do governo com a União Europeia já estão em andamento para tratar da questão das barreiras que podem ser impostas à compra de aço do Brasil.
Uma proposta da União Europeia, que vai a votação nesta semana, prevê sobretaxas para 26 produtos do setor siderúrgico, considerando todos os países exportadores. No caso do Brasil, sete produtos seriam atingidos.
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"O governo brasileiro vem acompanhando como parte interessada a investigação de salvaguardas da União Europeia sobre importações de aço desde seu início, em março de 2018", informou o Itamaraty. "No último dia 4 de janeiro, a União Europeia notificou a OMC (Organização Mundial do Comércio) acerca dos resultados da investigação e de sua decisão de impor proximamente salvaguardas sobre as importações de aço provenientes de todo o mundo", acrescentou.
Conforme o Itamaraty, estão sendo realizadas consultas à União Europeia para tratar do assunto. Como o Estadão/Broadcast informou no domingo, 26 produtos do setor siderúrgico serão sobretaxados pela União Europeia. Para cada país, uma cota será oferecida. Caso o volume supere as cotas, entrará em vigor uma tarifa extra de 25%. A China, por exemplo, sofrerá restrições em 16 produtos diferentes, contra 17 da Turquia e 15 da Índia. No caso do Brasil, a notificação enviada pela UE para a OMC cita sete produtos.
O Brasil exporta cerca de 15 milhões de toneladas de aço por ano (US$ 9,5 bilhões), dos quais 25% vão para a Europa. Em 2017, foram exportados para o bloco 3,9 milhões de toneladas. Uma parte desse volume é de produtos semiacabados, que não foram incluídos na lista de restrição.
O impacto nas exportações brasileiras será nas vendas de laminados a frio (usado pelas indústrias automobilísticas, de máquinas e equipamentos), chapas grossas (voltadas para indústria naval) e metálicas (embalagens), entre outros tipos de aço.
Fonte: Estadão