Buenos Aires - O setor brasileiro de alimentos é um dos que têm grandes oportunidades para se internacionalizar, conquistando novos mercados mundiais. Por outro lado, o país deve abrir as portas para setores de alta tecnologia que desejem ganhar espaço em território nacional formando parcerias estratégicas com empresas nacionais.
A opinião é de Alessandro Teixeira, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Desde 2008, Teixeira também preside a Associação Mundial das Agências de Promoção de Investimentos (Waipa, na sigla em inglês).
Reeleito hoje para o cargo de presidente da Waipa, durante o encontro mundial da organização, em Buenos Aires, Alessandro Teixeira disse à Agência Brasil que, neste momento, o país pode se beneficiar tanto recebendo investimentos estrangeiros quanto investindo no exterior. “Nós não temos essa dicotomia entre receber investimentos ou investir”, disse. “Temos que aproveitar as janelas de oportunidades em vários setores. É preciso investir no exterior para aproveitar que os ativos estão mais baixos, comprar empresas, fortalecer o nosso processo de internacionalização. Também precisamos aproveitar para ampliar o nosso desenvolvimento tecnológico”.
Quanto ao encontro da Associação Mundial das Agências de Promoção de Investimentos, que vai até amanhã em Buenos Aires, Teixeira disse que, além de discutir caminhos para os investimentos após a crise internacional, os representantes de 65 países também estão analisando novas modalidades para as estruturas internas das agências de promoção do comércio exterior. “Nós achamos que, com mais transparência e melhor troca de informações, podemos evitar o pior, ou seja, as dificuldades que levam às crises internacionais”, disse Teixeira.
Fonte: Correio Braziliense/Agência Brasil
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