As operações no Porto de Paranaguá, um dos principais do Brasil para embarque de grãos e açúcar, estão sendo retomadas gradualmente após danos causados por um temporal e ventos fortes, que arrastaram dois carregadores em dois berços de atracação (204 e 214) na terça-feira, informou a autoridade portuária nesta quarta-feira.
Segundo uma nota do porto paranaense, a energia elétrica foi restabelecida pela Copel por volta das 13h desta quarta-feira, permitindo que as atividades pudessem ocorrer, apesar dos danos, na maior parte dos berços.
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De acordo com a Diretoria de Operações de Paranaguá, o berço 214 (um dos três do Corredor de Exportação) ainda pode operar com um dos outros equipamentos disponíveis e não danificados, o que deve ocorrer ainda nesta quarta-feira —cada berço do corredor opera com dois “shiploaders”.
No berço 204, o navio que está atracado para carregar açúcar poderá ser desatracado se não for possível que o equipamento danificado volte a operar em breve. Dessa forma, disse o porto, o local poderá então ser disponibilizado para outras embarcações (para movimentação de outros produtos, como granéis de exportação ou carga geral).
A administração portuária disse ainda que os berços do cais público (201, 202, 205, 206, 208, 209, 211, 212 e 213) não sofreram nenhum dano, nem na estrutura nem nos equipamentos, e estão retomando as operações aos poucos.
Para os berços 215, 216, 217 e 218, destinados às operações de veículos, carga geral e contêineres, a previsão é que voltem a operar até o final desta quarta-feira.
Os operadores de granéis líquidos (nos berços 141, 142, 143 e 144) já retomaram as operações. Porém a empresa que utiliza o píer, dos berços 200 e 200A, ainda aguardava o vento —que continuava forte— passar, disse a nota do porto no começo da tarde.
Mais cedo, agências marítimas haviam indicado o problema, enquanto o porto ainda levantava os danos.
Além de Paranaguá, o porto vizinho de Antonina também foi atingido pelo vendaval. Segundo a TPPF, empresa arrendatária que opera Antonina, o terminal estava sem energia.
A administração portuária disse que os fortes ventos e o temporal que atingiriam os Litoral Sul do país, incluindo a costa do Paraná, paralisaram as operações totalmente por volta das 17h de terça-feira, quando houve a queda da energia.
Por precaução, alguns terminais já haviam optado por parar as atividades para evitar danos e maiores riscos.
De acordo com dados do Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) citados pelo porto, o pico das rajadas de vento ocorreu por volta das 17h15, quando elas alcançaram velocidade de 83 km/h em Paranaguá.
Segundo o Simepar, o litoral do Paraná ficou na periferia da passagem do ciclone extratropical (área de baixa pressão), que teve o epicentro no litoral sul de Santa Catarina e litoral norte do Rio Grande do Sul.
Fonte: Reuters