O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta terça-feira que, se não fossem os campos do pré-sal, leiloados sob o regime de concessões na 2ª Rodada de blocos exploratórios da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a produção nacional de petróleo estaria hoje declinando.
O executivo destacou a redução natural da produção na Bacia de Campos e afirmou que o país perdeu “uma oportunidade histórica” no período de cinco anos, entre 2008-2013, quando ficou sem realizar leilões de blocos exploratórios, num momento em que o barril atingia patamares acima de US$ 100 no mercado internacional.
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Parente elogiou as mudanças regulatórias adotadas pelo governo desde o ano passado, para tornar mais atrativos os investimentos no setor, como o fim da operação única da Petrobras no regime de partilha.
Ele ponderou que, se não fosse mudança na regra, os leilões do pré-sal realizados na última sexta-feira pela ANP teriam negociado metade dos blocos – somente aquelas áreas onde a estatal exerceu o direito de preferência. O executivo também elogiou a flexibilização da política de conteúdo local.
“Nem sempre temos os melhores preços [no mercado interno]. A discussão tem que ser feita sem dogmas e estamos abertos a isso”, disse Parente.
O executivo deu as declarações durante palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), no Rio.
Preço
Parente disse ainda que o pré-sal está hoje entre as três principais fronteira exploratórias do mundo. Segundo ele, o interesse das companhias pela região se dá pela sua alta produtividade.
O executivo destacou que o chamado “breakeven” (preço de equilíbrio necessário para viabilizar economicamente um projeto) do pré-sal é de entre US$ 30 e US$ 40 o barril.
Fonte: Valor