Mais de uma dezena de presidentes de instituições fluminenses se reuniram nesta quinta-feira, na sede da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Lá estavam entidades da armação, como Syndarma, Sinda-Rio e Sindoperj, instituições de comércio e indústria – Fecomércio-RJ e Firjan, respectivamente; e até um representante da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Os empresários temem que o fim da Perimetral represente um retrocesso para o Porto do Rio. O presidente do Comitê de Logística da AEB, Jovelino Pires, disse à coluna que as autoridades estão vendo a região apenas como forma de incremento ao turismo, à construção civil e à cultura, mas que o Porto do Rio gera 10 mil empregos diretos e recolhe mais de R$ 3 bilhões de ICMS para os cofres estaduais. Até cargas destinadas a outros estados, como Minas Gerais, ao ingressarem no Brasil pelo Porto do Rio, geram imposto, que beneficia o governo e o povo fluminenses.
– Pelas mudanças, os caminhões terão de se movimentar por vias subterrâneas e túneis e os portões do Porto terão de ser remanejados e alguns até fechados de forma permanente. Um caminhão que precisar passar de uma parte do cais para outra terá grandes problemas – disse Jovelino.
Segundo Jovelino Pires, o prefeito Eduardo Paes tem promovido excelente renovação urbana da cidade e, no entanto, talvez não tenha atentado para efeitos negativos do fim da Perimetral para o Porto, que é um verdadeiro motor para a cidade. Roberto Galli, do Sindicato dos Armadores (Syndarma), comentou que, em Santos, todos têm consciência da importância do porto para a cidade e, no Rio, embora os efeitos sejam igualmente positivos, não há a mesma conscientização na comunidade. Nem toda a carga perdida pelo Rio iria para Itaguaí, gerando queda em receita tributária e empregos. A Câmara de Logística, além de aglutinar entidades privadas, conta com participação da Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério da Indústria e Comércio.
Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta
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