DO RIO - A Petrobras publicou ontem, segunda-feira (31), nos principais jornais do país, anúncio informando que a Comissão de Apuração Interna responsável pelas investigações de suposto envolvimento da empresa em escândalo de propinas pagas pela fornecedora holandesa SBM Offshore, "não encontrou fatos ou documentos que evidenciem pagamento de propina a empregados" da empresa.
A comissão foi instaurada no dia em que foi revelado no Brasil depoimento de suposto ex-funcionário da SBM, publicado no site colaborativo Wikipedia, segundo o qual a SBM promoveu pagamentos de propinas no valor de U$S 275 milhões, em sete países. Um dos destinos dos pagamentos, de acordo com o ex-funcionário, seria a Petrobras, que teria recebido US$ 139 milhões entre 2007 e 2011.
Segundo a Petrobras, a conclusão da apuração baseou-se "nos trabalhos realizados" pela comissão, "restrita à competência regulamentar" do grupo. A empresa disse ter fornecido esclarecimentos à Controladoria-Geral da União e ao Ministério Público Federal, que investigam o caso.
O CGU decidiu apurar o caso logo após sua divulgação, em fevereiro, e pediu à Petrobras todos os contratos firmados com a empresa para aluguel de plataforma e documentos emitidos pelas duas empresas relacionados à prestação de serviço.
O Ministério Público Federal, por sua vez, decidiu instaurar, há duas semanas, procedimento para investigar o tema, ao ter considerado suficientes os indícios de envolvimento da petroleira a partir do relato do ex-funcionário da SBM.
Procurada, a Petrobras informou que não divulgará o relatório nem detalhará a forma como a investigação foi conduzida. Procurados, CGU e MPF ainda não comentaram o fim das investigações por parte da Petrobras.
LEIA ABAIXO A ÍNTEGRA PULICADA NOS JORNAIS
SBM OFFSHORE - CONCLUSÃO DA APURAÇÃO INTERNA PETROBRAS
A Petrobras informa que a Comissão Interna de Apuração, constituída em 13/02/2014, para averiguar as denúncias de supostos pagamentos de suborno a empregados da Companhia, envolvendo a empresa SBM Offshore, concluiu que, baseada nos trabalhos realizados e restrita a sua competência regulamentar, não encontrou fatos ou documentos que evidenciem pagamento de propina a empregados da Petrobras.
Ainda durante os trabalhos da referida Comissão Interna, foram prestados esclarecimentos à Controladoria-Geral da União e ao Ministério Público Federal.
O Relatório Final da Comissão Interna de Apuração da Petrobras será encaminhado à Controladoria-Geral da União, ao Tribunal de Contas da União e ao Ministério Público Federal.
Fonte: Folha de São Paulo
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