De Brasília - A Petrobras firmou um convênio com o Instituto Militar de Engenharia (IME), no Rio de Janeiro, para implantação de um laboratório que estudará motores dedicados ao desenvolvimento de combustíveis. O projeto encontra-se em fase de especificação de equipamentos. Outra iniciativa de pesquisa entre a empresa e as Forças Armadas envolverá estudos sobre solos e recuperação de rodovias. "A Petrobras entrou com a montagem do laboratório, enquanto o IME entrou com a massa crítica de engenheiros", afirma o general Jorge Ernesto Pinto Fraxe, diretor de Obras de Cooperação do Exército.
O IME é hoje o sistema nervoso que alimenta as obras tocadas pelo Exército, que, em todas as áreas, conta com um time de 600 engenheiros. Na duplicação da BR-101, por exemplo, no trecho de Goiana (PE), soldados estão usando grandes blocos de isopor para reduzir o peso da rodovia em trajetos de brejo, onde a sedimentação não é firme. A tecnologia - já utilizada nos EUA e Japão, com experiências pontuais no Brasil - foi o caminho mais viável encontrado pelos engenheiros para executar a obra.
A parceria com a Petrobras não se limita à colaborações científicas. Hoje, um batalhão de cem soldados trabalha em obras de terraplenagem para expansão da refinaria Isaac Sabbá (Reman), em Manaus. O convênio com o Departamento de Engenharia e Construção (DEC) teve início em setembro do ano passado, com término previsto para outubro deste ano.
Por meio de nota, a Petrobras informou que a ação militar inclui a retirada de vegetação, terraplenagem, drenagem, cercamento de área e construção de guarita de vigilância. "A execução desse objeto já atingiu 89% de avanço físico, apresentando, no atual momento baixa produtividade em virtude das chuvas sazonais características do período (de dezembro a maio) nessa região da Amazônia", informou a empresa. Segundo a Petrobras, há a expectativa da assinatura de um segundo convênio para a construção de uma "Vila de Empreiteiras", nos moldes de um acampamento militar, para suporte logístico das obras de modernização da Reman. (AB)
Fonte: Valor Econômico
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