A Petrobras confirmou nesta quarta-feira que abandonou a ideia de construir uma refinaria em parceria com a CNPC no Comperj, em Itaboraí. Em café da manhã com jornalistas na semana passada, o presidente da estatal, Roberto Castelo Branco, Já havia revelado que estudos realizados junto com chinesa mostraram que seria economicamente inviável a construção de uma refinaria no local.
Na ocasião, o executivo antecipou que seriam feitos estudos para viabilizar a construção de uma fábrica de lubrificantes para aproveitar as instalações já existentes no local, e de uma termelétrica a gás natural produzido nos campos do pré-sal, na Bacia de Santos.
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Em comunicado ao mercado nesta quarta-feira, a Petrobras informou oficialmente que foi concluído o estudo de viabilidade econômica de construção da refinaria no Comperj, segundo o qual, o projeto, que previa a participação de 20% da CNPC, não teria lucratividade econômica necessária.
Segundo o texto, entre as alternativas, a Petrobras estuda a integração da refinaria de Duque de Caxias (REDUC) com algumas unidades hibernadas do Comperj para a produção de lubrificantes básicos "e combustíveis de alta qualidade a partir de produtos intermediários da REDUC enviados para processamento no Comperj através de dutos."
De acordo com a estatal, o estudo inclui também a possibilidade de construção de uma termelétrica, em parceria com outros investidores, que usará gás natural do pré-sal. Castello Branco já informou que os estudos estão sendo realizados em parceria com a petroleira Equinor.
A Petrobras destaca ainda que está mantida a a implantação do Projeto Integrado Rota 3, que abrange o gasoduto Rota 3, a unidade de processamento de gás natural (UPGN) e o conjunto de utilidades necessárias para sua operação para o escoamento de 21 milhões de metros cúbicos por dia de gás do pré-sal a partir de 2021.
De acordo com a estatal, a Petrobras destaca que os projetos em estudo estão em linha com seu Plano de Negócios 2020-2024, "que visa atuar de forma competitiva nas atividades de refino e gás e sua efetiva implementação dependerá da conclusão dos estudos de viabilidade."
A companhia destacou qu,e apesar do fim da possível parceria para construção de uma refinaria no Comperj, continua em conjunto com a CNPC a estudar as oportunidades de negócios conjuntos.
Fonte: O Globo