Os sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FUP/CUT) decidiram pressionar a Petrobras para agilizar as negociações salariais e aprovaram estado de greve da categoria. A partir da próxima sexta-feira, os petroleiros paralisam as atividades por oito horas nas unidades das bases representadas pela FUP em Pernambuco e ainda nos estados de São Paulo (em São Paulo, Mauá e Campinas), Rio de Janeiro (no Norte fluminense e Duque de Caxias), Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Amazonas (Manaus e Coari).
Entre as reivindicações dos petroleiros, reposição salarial (setembro/2009 a agosto/2010) pelo Índice de Custo de Vida (ICV), do Dieese, e proteção dos direitos trabalhistas dos terceirizados. Os trabalhadores não aceitaram a contraproposta apresentada pela Petrobras que, segundo o coordenador do Sindicato dos Petroleiros dos Estados da Paraíba e Pernambuco, Luiz Lourenzon, é de correção de 2% dos ganhos. “A Petrobras liberou R$ 92 milhões para pagamento de abono de supervisores, consultores, coordenadores e gerentes. É um desrespeito à classe trabalhadora”, disse Lourenzon.
Através da assessoria de imprensa, a Petrobras disse que “apresentou uma proposta e mantém sua agenda de negociação” e que na semana passada foram feitas “três reuniões com os representantes sindicais e novas ocorrerão nesta semana”. A nota registra ainda que a companhia “reforça a importância da mesa de negociação como melhor meio de manter o diálogo aberto e transparente com os representantes dos empregados”. Segundo Lourenzon, após a paralisação da sexta, a situação será reavaliada.
Fonte: Folha de Pernambuco
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