Entre os países que dominam o setor de petróleo está a Noruega. Apesar de pequenas dimensões físicas, a nação tem grande peso no cenário internacional devido a sua alta produção de óleo e gás e pelo seu potencial para o desenvolvimento de tecnologia na extração dos recursos naturais.
Com tanta expertise no segmento, mas espaço limitado, as companhias norueguesas buscam o novo eldorado do petróleo mundial: querem abrir novas oportunidades de negócios no Brasil. Um dos Estados escolhidos para realização de investimentos e parcerias é o Espírito Santo, que chama atenção por ser o 2° maior produtor de petróleo brasileiro.
A ideia é que as corporações escandinavas, de pequeno a grande porte, possam transferir tecnologia para as empresas capixabas e no futuro criar um ambiente favorável para a construção de parques industriais próximos aos campos de extração, siderurgias e indústrias de metalmecânica. A princípio o foco de atuação será no sistema subsea (segmento que fabrica peças ou oferece serviços submarítimos para o setor de petróleo e gás).
Fornecedores
Empresários do Espírito Santo poderão se tornar fornecedores, representantes comerciais ou mesmo parceiros em possíveis produções de equipamentos e peças. A ligação entre os pequenos negócios do Estado com os norueguesas vai ocorrer pelo site Subsea Index, criado pelo Norwegian Centres of Expertise (NCE) Subsea.
A entidade reúne grupos de empresas capazes de atender a cadeia de produtos e serviços para o setor de óleo e gás e visa a contribuir para a investigação, inovação, desenvolvimento de competências e desenvolvimento de negócios internacionais.
Na página (www.subseaindex.com), que terá versões em português e inglês, micro e pequenos negócios do Estado serão os primeiros a terem a oportunidade de se cadastrarem e de conhecerem os futuros investidores. O convênio será oficialmente lançado no Espírito Santo em 20 de setembro, em evento com o governo estadual. Depois, o site aceitará inscrições de empresas de outras regiões do país.
O diretor geral do NCE Subsea, Trond Olsen, afirma que a Noruega já iniciou parcerias com faculdades locais, como a UVV, para capacitar alunos para o setor de petróleo com a intenção de levar ao Espirito Santo desenvolvimento tecnológico. Novos centros universitários também podem fazer convênios com o NCE para aprimorar o conhecimento científico no setor.
O diretor do Inventure Management no Brasil (empresa de consultoria na área de petróleo e gás), Rik Hannisdal, afirma que o Espírito Santo chama atenção dos noruegueses por sair do eixo Rio-São Paulo. Mesmo sendo pequeno, para ele o Estado tem potencial para crescer. “O que ocorre no Brasil também aconteceu na Noruega. A exploracão de petróleo começou em Stavanger. Depois, aos poucos, a exploração foi se expandindo para o Sul e para o Norte do país, trazendo desenvolvimento econômico para vários município, não ficando concentrado apenas em uma região”.
Fonte: A Gazeta / Mikaella Campos
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