Os preços do petróleo terminaram o pregão desta terça-feira (17) em alta, nas máximas de três meses, com os investidores estendendo o rali dos últimos dias na esteira do otimismo com o acordo comercial entre Estados Unidos e China.
Os contratos futuros do Brent para fevereiro terminaram a sessão em alta de 1,16%, a US$ 66,10 o barril, na ICE, em Londres, enquanto os contratos futuros do West Texas Intermediate (WTI) avançaram 1,21%, negociados a US$ 60,94 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
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Os "dados econômicos sólidos nos EUA e no exterior", combinados com o otimismo dos acordos comerciais, ajudaram a impulsionar o rali", escreveu Tyler Richey, co-editor da Sevens Report Research em um boletim diário enviado hoje.
Nesta terça, o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) apontou que a produção industrial americana cresceu 1,1% no mês de novembro — maior salto mensal desde outubro de 2017 —, acima das expectativas dos analistas, que eram de alta de 0,8%.
"Do ponto de vista técnico, o forte 'momentum' de alta recente está criando um efeito de 'perseguição', elevando ainda mais os preços dos futuros", disse Richey. Mesmo assim, "a tendência no mercado de energia ainda é teimosamente lateral. Isso continuará sendo o caso até vermos o WTI romper o patamar de alta de setembro, de US$ 61,88, que está agindo como uma resistência formidável no momento", afirmou.
“O mercado de petróleo está bem sustentado, já que o sentimento geral permanece positivo, com o acordo comercial da primeira fase. Os fundamentos do petróleo também permanecem construtivos, com os estoques globais em declínio ”, disse Warren Patterson, chefe de estratégia de commodities do ING, em uma nota enviada a clientes.
Dito isso, a expectativa de um retorno ao excesso de oferta no primeiro semestre do próximo ano "é algo com que o mercado terá que lidar", disse ele, enquanto as margens fracas das refinarias, no momento, "levantam questões sobre a demanda de petróleo no futuro".
Os investidores também aguardam os dados semanais de oferta de petróleo dos EUA, até a semana encerrada no dia 13 de dezembro. A expectativa dos analistas consultados pelo "Wall Street Journal" é de queda de 2 milhões de barris para os estoques de petróleo e de alta de 1,9 milhões de barris para os estoques de gasolina.
Fonte: O Globo