Principais acionistas da Lupatech, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Petros têm hoje cerca de 56% do capital da companhia, fatia alcançada após o aporte de R$ 300 milhões na operação de socorro realizada em dezembro do ano passado. As duas instituições têm especial interesse no processo de recuperação da companhia, mas não confirmaram se participariam de um novo aporte de recursos para garantir a sobrevivência da empresa, conforme o mercado vem especulando.
Além dos quase 32% de participação acionária, a exposição do banco de fomento inclui financiamentos concedidos à empresa. Procurado pelo Brasil Econômico, o banco não informou quanto tem de exposição à companhia, mas, em 2009, foi a entidade que mais subscreveu debêntures da empresa, em uma operação de R$ 441 milhões com o objetivo de financiar o processo de expansão. Os donos das debêntures estão entre os credores prejudicados por um dos calotes no pagamento de juros anunciados pela empresa este ano.
Já a Petros tinha, em seu último balanço (referente a dezembro de 2012), uma exposição de R$ 60 milhões à companhia. O valor é hoje menor, uma vez que as ações da empresa sofreram desvalorização de 54% desde o final de dezembro, quando oscilavam na casa dos R$ 1,60. As cotações chegaram perto deste valor na última semana, com grande volume de negócios impulsionados pelos rumores a respeito da reestruturação financeira, mas voltaram para R$ 0,75 ontem.
A Lupapar Negócios e Empreendimentos, holding pertencente aos fundadores da empresa tiveram sua participação diluída ao longo do processo de reestruturação da companhia e tem hoje apenas 6,11% das ações. O terceiro maior acionista, com 15,86%, é o fundo GP Investimentos, por meio da empresa Oil Field Services.
Fonte:Brasil Econômico;Nicola Pamplona
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