A Petrobras anunciou seu novo plano de investimentos para 2011-2015, com previsão de investir US$ 224,7 bilhões, ou cerca de US$ 44,9 bilhões por ano, basicamente o mesmo valor do plano anterior.
A companhia realocou os investimentos e incluiu no novo plano dados relativos à cessão onerosa, além de anunciar desinvestimentos.
A maior parte dos recursos será destinada à área de exploração e produção, com previsão de US$ 127,5 bilhões (57% do total), seguida por abastecimento (31% do total). No plano anterior, os investimentos em E&P representavam 53% do total e os em RTC, 33%. Do montante total previsto para o período, 95%, ou US$ 213,5 bilhões, serão investidos no Brasil.
As metas de produção da Petrobras são agressivas. Até 2020, pretende mais que dobrar a produção dos atuais 2,1 milhões de barris/dia, previstos para 2011, para 4,9 milhões, só considerando a produção de óleo no Brasil.
Considerando a produção de gás e a produção internacional, o número deve saltar de 2,7 milhões de barris/dia, previstos para 2011, para 6,4 milhões em 2020 -crescimento de aproximadamente 131%.
Até 2015 a empresa prevê produções de 3,07 milhões de barris/dia no país e de 3,9 milhões no total -altas de 46% e de 44%, respectivamente, em relação à meta de 2011.
No novo plano, a companhia anunciou desinvestimento de US$ 13,6 bilhões, visando melhorar a eficiência na gestão de seus ativos.
O destaque negativo fica por conta da geração de caixa operacional após o pagamento de dividendos entre US$ 125 bilhões e US$ 148,9 bilhões (cenário A base e cenário B, respectivamente), enquanto no plano anterior era de US$ 155 bilhões.
Apesar de o plano apresentar basicamente o mesmo montante do anterior, alguns pontos positivos merecem destaque: aumento dos investimentos em E&P, desinvestimentos visando melhor rentabilidade e aumento da meta de produção em 2020.
Fonte> Folha de São Paulo/ERICK SCOTT ERICK SCOTT ESPECIAL PARA A FOLHA
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