BRASÍLIA - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será o principal agente financeiro dos R$ 5,7 bilhões previstos de investimento no Sistema Integrado de Transporte de Etanol da PMCC, o primeiro alcooduto do mundo. "Pedimos o máximo de financiamento possível, mas o valor [liberado] depende do setor e do índice de nacionalização, que deve ser próximo aos 100%", disse Alberto Guimarães, presidente da PMCC, empresa responsável pela obra.
A obra terá 850 quilômetros de dutos entre Senador Canedo (GO), Paulínia (SP), São José dos Campos (SP) e portos nos litorais paulista e fluminense. O início simbólico do primeiro trecho, de 202 quilômetros entre Ribeirão Preto (SP) e Paulínia (SP), ocorre hoje, em uma cerimônia na cidade do interior paulista que é o principal polo produtor do combustível do País. O evento terá a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo Guimarães, os pedidos de recursos junto ao BNDES serão feitos por trechos do alcooduto e o valor ainda está em fase de negociação com o banco de fomento. "Queremos o máximo", reafirmou. O primeiro trecho do duto iniciará a operação entre junho e agosto de 2012 e custará R$ 800 milhões. Seis meses depois, outro trecho, de Ribeirão Preto a Uberaba (MG), também escoará etanol.
Após o início da operação na cidade mineira, no terceiro trimestre de 2013, a PMCC espera inaugurar um braço do alcooduto entre Anhembi (SP) e Paulínia. Esse ramal, de 110 quilômetros - 60 quilômetros dos quais na faixa do gasoduto Brasil-Bolívia - irá receber o combustível carregado por 80 barcaças pela hidrovia Tietê-Paraná a partir de Araçatuba (SP). Nas duas cidades, haverá centros coletores de etanol.
Em 2012 deve ser iniciado outro braço do duto, entre Paulínia e São José dos Campos, no qual o etanol seguirá por outros dutos já existentes até o Rio de Janeiro, até que o trecho final do empreendimento, ligando a cidade do Vale do Paraíba aos portos, seja finalizado. A obra prevê ainda um novo ramal entre Jataí e Itumbiara(GO), passando por Quirinópolis.
A obra deve escoar 21 bilhões de litros de etanol, volume próximo à produção atual do centro-sul do País e prevê ainda a construção de tanques para armazenar 550 milhões de litros do combustível nas regiões dos pontos coletores.
Fonte: DCI/Agência Estado
PUBLICIDADE