Os preços do petróleo recuaram nesta terça-feira (07), em face do excesso de oferta e da fraca demanda por combustíveis devido à pandemia de coronavírus, enquanto investidores também ficam mais cautelosos quanto à possibilidade de os maiores produtores globais da commodity chegarem a um acordo para cortes de bombeamento.
Os contratos futuros do petróleo dos Estados Unidos fecharam em queda de US$ 2,45 dólares, ou 9,4%, a US$ 23,63 por barril, acelerando perdas na parte final da sessão. Já os futuros do petróleo Brent terminaram o dia cotados a US$ 31,87 o barril, queda de US$ 1,18 dólar, ou 3,6%.
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As perdas foram ampliadas à medida que o mercado aguarda a divulgação do relatório semanal de estoques dos EUA, com a expectativa de um aumento de 9,3 milhões de barris, acompanhado por um avanço nas reservas de produtos refinados.
"Eu não consigo pensar em um cenário, de forma alguma, que possa ser uma situação altista", disse Bob Yawger, diretor de futuros de energia da Mizuho. "Vai ser um aumento gigantesco no (estoque) de petróleo, vai ser um aumento gigantesco (no estoque) de gasolina."
Os maiores produtores globais de petróleo, incluindo Arábia Saudita e Rússia, planejam se reunir na quinta-feira para discutir cortes de oferta, mas vários ministros de Energia já afirmaram que o farão apenas se os EUA se juntarem ao pacto com seus próprios cortes, disseram fontes à Reuters.
"O mercado está indicando que quer um pouco mais de certeza sobre se os russos e sauditas vão fechar um acordo para limitar a oferta", disse Gene McGillian, vice-presidente de pesquisa de mercado da Tradition Energy.
Fonte: G1