A produção brasileira de aço bruto alcançou 2,7 milhões de toneladas em dezembro, com alta de 4% na comparação anual, segundo dados do Instituto Aço Brasil (IABr). Com isso, em 2013, a produção de aço bruto no país ficou em 34,2 milhões de toneladas - retração de 1% ante 2012 e praticamente em linha com o previsto. Em relação aos laminados, a produção do mês foi de 2 milhões de toneladas, 5,9% maior que um ano antes. Em todo o ano, o volume foi de 26,3 milhões de toneladas (mais 2,2%).
As vendas internas fecharam o ano em 22,8 milhões de toneladas - alta de 5,4%. O consumo aparente de produtos siderúrgicos atingiu 1,8 milhão de toneladas em dezembro e 26,4 milhões em 2013, com altas de 1,8% e 4,8%, respectivamente, na comparação anual.
Já as exportações encerraram o ano com 8,1 milhões de toneladas (queda de 17,5%) e US$ 5,6 bilhões de divisas (menos 20,7%). As importações no ano atingiram 3,7 milhões de toneladas, com queda de 2,2% frente a 2012.
Apesar do desempenho fraco, com aumentos tímidos consumo, as perspectivas não são ruins para as empresas locais. A expectativa de um real mais depreciado em relação ao dólar e os recentes aumentos de preços emplacados pelas usinas de aços planos levaram o banco HSBC a elevar suas perspectivas para siderúrgicas.
O preço-alvo das ações preferenciais classe A da Usiminas passou de R$ 14,50 para R$ 17, com potencial de valorização de 22,6% em relação às cotações atuais. No caso da CSN, a estimativa, ao fim de 2014, teve alta mais tímida, de R$ 10 para R$ 11, um potencial de queda de 19,8% em relação ao atual patamar em bolsa.
A preferência pelos papéis da Usiminas reflete, principalmente, a recuperação da rentabilidade mostrada ao longo de 2013, o que deve se manter neste ano, afirma o HSBC em relatório. Desde a crise de 2008, a CSN vinha se destacando em margens no setor de siderurgia, mas esse cenário começou a mudar no ano passado, favorecendo a concorrente.
"Há vários fatores em jogo para explicar a melhoria do desempenho da Usiminas, incluindo seu mix geográfico de produtos e esforços de corte de custos, com iniciativas de produtividade, redução nos preços do minério e na folha de pagamento", dizem os analistas Loenardo Correa e Luiz Fornari.
Fonte: Valor Econômico/Stella Fontes e Natalia Viri | De São Paulo
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