Os preços e a boa safra de soja e de milho colocaram vários Estados do Norte e do Nordeste com boa participação no Valor Básico de Produção agrícola deste ano. Entre eles estão Pará, Tocantins, Piauí e Bahia.
A maior evolução das receitas obtidas neste ano será do Maranhão, cujo VBP subirá para R$ 3,4 bilhões, 178% mais do que no ano passado.
O Piauí, outro destaque da nova fronteira agrícola do país, deverá atingir um valor de produção de R$ 2,2 bilhões, 99% a mais do que em 2011.
Os dados são da AGE (Assessoria de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura), que estima receitas totais de R$ 235 bilhões para este ano, 3,5% mais do que em 2011. Esses cálculos incluem o valor de produção de 18 dos principais produtos agrícolas.
José Garcia Gasques, coordenador da assessoria governamental, prevê que as receitas do próximo ano serão ainda melhores do que as deste.
O VBP deverá atingir R$ 296 bilhões, valor que, se confirmado, subirá 25% em relação ao deste ano. O grande destaque volta a ser a soja, que poderá atingir R$ 104 bilhões, segundo Gasques.
A cana-de-açúcar, ao contrário do que ocorreu neste ano, gerará mais receitas em 2013, principalmente no Estado de São Paulo, maior produtor nacional.
Na avaliação de Gasques, as receitas com cana-de-açúcar sobem para R$ 45,3 bilhões no próximo ano, acima dos R$ 40,9 bilhões deste.
Os Estados produtores de café, como Minas Gerais e Espírito Santo, no entanto, sofrem os efeitos da queda de preços do produto. As receitas, que já haviam caído neste ano, voltam a recuar em 2013, para R$ 15,2 bilhões.
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SOJA
O mercado de soja ainda avalia o novo cenário do setor. Os Estados Unidos refizeram as contas e, nesta reta final de colheita, apontaram uma safra maior do que a que se previa.
Já a situação na América do Sul, principalmente na Argentina, é muito incerta quanto ao plantio e à produtividade da safra 2012/13.
O excesso de chuva não permite que as máquinas vão a campo na Argentina, onde o plantio avançou em apenas 55% da área que será destinada à soja. No caso brasileiro, o plantio praticamente está no final.
Se de um lado há aumento de oferta de soja, a macroeconomia mundial serve de alicerce para a movimentação das vendas, segundo os analistas da consultoria Céleres. Diante desse cenário, o mercado ainda busca novos patamares de negociação, acreditam eles.
Fonte:Diáio do Nordeste(CE)/
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