Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa é de que a produção nacional de grãos 2012/2013 seja 14,23 milhões de toneladas a mais do que a safra passada. Conforme a Conab, o Brasil pode colher até 50 milhões de sacas de café neste ano
A produção do feijão na primeira safra aumentará em 58,9 mil toneladas, conforme estimativa da Conab
Benefícios acima do mínimo Previdência dá reajuste de 6,15% (0) Indústria Fiec prevê alta de 4% na indústria em 2012, menos que no ano anterior (0) Breves Pedidos de falência aumentaram 11% no ano passado (0)
A produção nacional de grãos para o período 2012/2013 deve chegar a 180,41 milhões de toneladas, de acordo com o quarto levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo os dados, o volume representa aumento de 8,6% ou 14,23 milhões de toneladas em relação à safra passada (166,17 milhões de toneladas).
De acordo com a Conab, a soja deverá ter a maior produção, com aumento de 16,28 milhões de toneladas, atingindo 82,68 milhões de toneladas acima do total do último estudo. O milho primeira safra registrará um crescimento de 863,5 mil toneladas, chegando a 34,73 milhões, totalizando com o segunda safra 72,19 milhões de toneladas.
A produção do feijão na primeira safra aumentará em 58,9 mil toneladas e chegará, junto com as demais safras, a 3,32 milhões de toneladas.
A área atual cultivada soma 52,01 milhões de hectares, crescimento de 2,2% ou 1,13 milhão de hectares se comparado à safra passada. A área da soja é a maior e apresentou um crescimento de 9,2% ou 2,31 milhões de hectares ante o período 2011/2012 (25,04 milhões de hectares).
Café
O Brasil deverá colher entre 46,98 milhões e 50,16 milhões de sacas de 60 quilos de café (arábica e conilon) beneficiado em 2013. Essa é a primeira estimativa de produção para este ano, segundo a Conab.
A estimativa ficou entre 7,6% e 1,3% menor que a produção obtida na temporada anterior. De acordo com a Conab, essa redução se deve ao ano de baixa bienalidade do produto, que é a alternância anual entre grandes e pequenas produções, principalmente do café arábica.
Apesar disso, a Conab destaca que as diferenças entre as safras de alta e baixa bienalidade vêm diminuindo nos últimos anos. Em 2011, ano em que houve baixa bienalidade, a produção foi de 43,48 milhões de sacas. Em 2009, ficou em 39,47 milhões de sacas de 60 quilos. “Isso se deve a diversos fatores, como tratos culturais mais adequados, crescente aumento na utilização de irrigação, manejo de podas nos cafeeiros, adensamento das lavouras, plantio de variedades mais produtivas e melhores adaptadas e renovação constante dos cafezais”, diz a Conab.
A área plantada com as espécies arábica e conilon no país totaliza 2.375,79 mil hectares. O resultado mostra um crescimento de 1,99% sobre a área de 2.329,36 hectares, existente na safra 2012.
E agora
ENTENDA A NOTÍCIA
As temperaturas elevadas e as chuvas irregulares não devem comprometer a produtividade dos grãos no país, segundo o diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sílvio Porto.
Saiba mais
Para o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto, ainda é cedo para dizer se a irregularidade da chuva vai influenciar a produção de café no país.
Porto disse que há uma tendência “estranha” de queda do preço do café, apesar dos baixos estoques internacionais e da produção ajustada em relação ao consumo no País.
Mas, segundo ele, em março, na data em que será feito o próximo levantamento, deve haver indicação de recuperação dos preços.
O secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gerardo Fontelles, disse que o governo está pronto para agir, sempre que necessário, para reduzir a volatilidade de preços, tornando disponíveis instrumentos que financiem estocagem e custeio, por exemplo.
“O governo pretende reduzir a volatilidade (oscilações) de preços. A volatilidade leva o produtor a não fazer investimentos, gera fluxo de instabilidade de oferta que não é conveniente nem para produtor e nem para consumidor”, disse.
Fonte: O Povo Online (CE)/IGOR DE MELO
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