A produção de minério de ferro da Vale caiu 33,8% no segundo trimestre ante mesmo período do ano passado, para 64,057 milhões de toneladas. O desempenho foi impactado pelo rompimento de barragem em Brumadinho (MG), que levou ao fechamento de diversas atividades em meio a revisões de segurança, informou a empresa nesta segunda-feira (22).
Já as vendas de minério de ferro da maior produtora global caíram 15,5% entre abril e junho, em comparação com o segundo trimestre de 2018, para 61,945 milhões de toneladas, acrescentou a Vale.
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Em maio, em seu balanço do primeiro trimestre de 2019, a Vale projetou perdas de R$ 19 bilhões com o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG).
A tragédia ocorreu no dia 25 de janeiro, deixando um rastro de destruição na região e levando a aumento nas restrições para a operação de barragens de rejeito de minério no país.
No balanço, a Vale provisionou R$ 9,3 bilhões para acordos de compensação das vítimas e remediação das áreas atingidas, R$ 7,1 bilhões para a descaracterização de barragens e contabilizou despesas de R$ 2,5 bilhões com os trabalhos no município, perdas de volumes e suspensão de operações, entre outros.
A empresa ressaltou no balanço, porém, que no estágio atual das investigações não é possível determinar exatamente qual será o custo total com reparações, compensações e possíveis ações judiciais relacionadas à tragédia.
Em julho, a Justiça Estadual de Minas Gerais condenou a mineradora a reparar prejuízos causados pelo rompimento da barragem de rejeitos da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho.
Fonte: Folha SP