O segmento de energia eólica, que vem registrando excelentes índices de expansão, deve continuar com o bom desempenho neste ano. Em dezembro, a capacidade instalada da fonte eólica no Brasil era de cerca de 3,4 mil MW, o que representava aproximadamente 3% do total de potência do País. Para 2014, a perspectiva é de alcançar um patamar de aproximadamente 7,3 mil MW.
O número consta no Boletim Mensal de Dados do Setor Eólico referente a janeiro, produzido pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) e divulgado ontem. O resultado da capacidade instalada, de 3,4 mil MW, é maior do que o apontado hoje pelo site da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que é de cerca de 2,2 mil MW. A presidente-executiva da ABEEólica, Elbia Melo, detalha que essa diferença ocorre, pois a Aneel somente leva em consideração os parques já conectados com as linhas de transmissão.
A dirigente destaca que o aumento da capacidade instalada é reflexo do sucesso dos empreendimentos eólicos em leilões de energia disputados no passado. E, com a perspectiva do crescimento do consumo de eletricidade, a tendência é de aumentar a geração no País nos próximos anos através de diversas fontes. “Os bons ventos levaram 2013 embora e deixaram para o início de 2014 mais expectativas.” Essa é uma das frases de abertura do boletim da ABEEólica. O documento contém informações quanto ao desempenho de todo ano passado abrangendo itens como capacidade instalada da energia eólica, evolução da fonte, participação em leilões etc. Com 4,7 mil MW de potência contratada, 142% a mais do que meta de 2 mil MW adotada pela ABEEólica, 2013 foi um ano recorde para a área.
E os gaúchos acompanharam a performance nacional: a potência em operação, em construção e contratada do Rio Grande do Sul ao final de 2013 era de cerca de 1,98 mil MW. O Estado é superado apenas por Ceará (2,3 mil MW), Bahia (3,3 mil MW) e Rio Grande do Norte (3,6 mil MW). Em operação, os gaúchos verificavam 460 MW eólicos, em construção, aproximadamente, 868 MW e contratado 650 MW.
Fonte: Jornal do Commercio (POA)
PUBLICIDADE