A produção de petróleo dos EUA pode superar a da Arábia Saudita e Rússia nos próximos dois anos e transformar o país no maior produtor mundial, segundo projeções divulgadas ontem pelo Departamento de Energia. A produção americana vai subir para 10,27 milhões de barris/dia este ano e alcançar 10,85 milhões de barris em 2019 - superando o recorde de 9,6 milhões de barris de 1970.
Segundo o órgão americano, a produção nacional de petróleo atingirá o auge de 11 milhões de barris/dia em novembro de 2019.
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Em 2017, a Rússia produziu quase 11 milhões de barris/dia de petróleo e os sauditas pouco menos de 10 milhões de barris/dia, segundo estimativas da Bloomberg.
"Se o ambiente de preços for positiva, não há motivos porque os EUA não possam alcançar esses níveis [recordes]", disse Ashley Petersen, analista da Stratas Advisors. "Sauditas e russos não estão fazendo novos investimento na escala necessária para serem competitivos nesses volumes em 2019."
O Departamento de Energia também elevou sua estimativa para a produção e demanda globais este ano. A produção mundial deve atingir 100,34 milhões de barris/dia em 2018 e, a demanda, 100,11 milhões de barris/dia.
Por outro lado, a produção de fontes alternativas vai desacelerar este ano por causa da expectativa de queda da participação das usinas hidrelétricas na geração de eletricidade para 6,6% no próximo ano, de 7,4% em 2017. Com isso, a energia eólica vai superar pela primeira vez as fontes hídricas na geração de eletricidade nos EUA, passando para 6,9% em 2019, de 6,3% no ano passado.
Ontem, os preços do petróleo fecharam nos níveis mais altos em três anos, refletindo principalmente o maior otimismo com o crescimento global. Em Nova York, o tipo WTI subiu 2%, para US$ 62,96 por barril, enquanto em Londres, o Brent avançou 1,5%, para US$ 68,82 por barril.
Fonte: Valor