A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou ontem a habilitação técnica dos projetos que disputarão o leilão de energia A-5 (cinco anos de prazo para os empreendimentos serem construídos), que será realizado no dia 13 de dezembro. No total, 138 usinas que estão planejadas para serem instaladas no Rio Grande Sul ingressaram no certame, somando uma potência de 5,46 mil MW (mais do que toda a demanda de energia do Estado). Somente a Bahia registrou um número maior: 5,992 mil MW
Os complexos gaúchos abrangem o segmento eólico, de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e térmicas a gás natural liquefeito (GNL) e carvão. No conjunto do País, a EPE habilitou 687 empreendimentos de geração, alcançando uma capacidade de produção de 21,130 mil MW. O certame será realizado pelo governo federal visando à contratação de eletricidade para abastecer o mercado consumidor do País no ano de 2018. A maioria dos projetos é de fonte eólica: são 539 parques geradores, perfazendo uma potência instalada de 13,287 mil MW.
A fonte solar, que participa pela segunda vez dos leilões públicos de comercialização de eletricidade promovidos pelo governo, apresenta uma boa oferta de energia, com 88 habilitações de projetos do tipo fotovoltaico (2,024 mil MW) e sete empreendimentos do tipo heliotérmicos (210 MW). Duas usinas hidrelétricas participarão do certame: São Manoel, no Pará, com 700 MW de capacidade; e a ampliação de Santo Antônio, em Rondônia, com 418 MW. O presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, destaca a diversificação de fontes aptas a participar do leilão, entre grandes e pequenas hidrelétricas, eólica, solar, biomassa, gás natural e carvão mineral.
Segundo o dirigente, a enorme quantidade de usinas habilitadas para o certame garante, desde já, que a demanda de energia elétrica para 2018 será atendida, além de uma grande disputa por parte dos empreendedores. “Este leilão de energia será importante, entre outros fatores, pela licitação de São Manoel, uma ótima usina hidrelétrica não só do ponto de vista energético e econômico, mas também nas searas social e ambiental”, comenta Tolmasquim. O presidente da EPE acrescenta que a expectativa é que esse projeto atraia o interesse de muitos investidores.
Fonte: Jornal do Commercio (POA)
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