A Racional Engenharia pretende ampliar sua atuação no segmento industrial por meio do que chama de "intervenção antecipada". A estratégia ainda está sendo desenhada, mas já prevê que o trabalho da Racional comece na prospecção, avaliação técnica dos terrenos, obtenção de licenças e aprovação dos projetos. Geralmente, os clientes industriais procuram a empresa para a execução das obras com a área já comprada e a aprovação do projeto em tramitação na prefeitura.
A avaliação da Racional dos terrenos potenciais para receberem os projetos levará em conta critérios como redes de serviços de utilidade pública nas proximidades e passivo ambiental do solo. "Queremos apresentar soluções para que a compra do terreno seja a melhor possível para aquele projeto", conta o vice-presidente da Racional, Marcos Santoro, sem estimar quanto os novos serviços podem agregar às margens da empresa.
Segundo Santoro, o volume de contratos para o segmento industrial poderá aumentar de 15% a 20% quando a empresa incluir essa "intervenção antecipada", nas suas atividades, como diferencial competitivo. Por enquanto, a Racional desenvolve projetos-piloto do modelo, no interior de São Paulo, com uma empresa do ramo de microeletrônica e outra de autopeças. "Estamos apresentando ideias, começando a olhar terrenos", diz o executivo.
A expectativa da Racional é começar a ampliar seus serviços de pré-construção em meados de 2012, nas regiões Sudeste e Sul. Os potenciais clientes são, principalmente, indústrias de médio e grande porte, mas há expectativa que os novos serviços chamem a atenção também do segmento de centros de distribuição produzidos para terceiros.
A Racional Engenharia projeta faturar R$ 920 milhões este ano, 14% acima dos R$ 804 milhões de 2010. Para 2012, a empresa estima R$ 1,2 bilhão, sendo que R$ 1 bilhão está em carteira. Os negócios da empresa são puxados, principalmente, pela construção de shopping centers, data centers e centros corporativos.
Fonte:Valor Econômico/r Chiara Quintão | De São Paulo
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