A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, rejeitou um pedido da Polícia Federal (PF) para que o sigilo do presidente Michel Temer (MDB) fosse quebrado, no âmbito da investigação sobre um decreto direcionado ao setor portuário.
A informação foi revelada pelo jornal “O Globo” e confirmada pelo Valor. A titular da PGR atendeu ao pedido de quebra de sigilo para outros investigados, mas informou que ainda não havia elementos suficientes para quebrar o sigilo do presidente.
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Os pedidos autorizados pela PGR foram encaminhados em dezembro ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, relator do processo. Barroso autorizou prontamente a quebra do sigilo dos investigados.
Entre os afetados pela decisão estão Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR), ex-assessor especial de Temer, e o coronel José Baptista Lima, amigo do presidente.
O decreto ampliou para até 70 anos o período de vigência dos contratos de arrendamento de áreas portuárias assinados antes de 1993. Houve uma tentativa de Rocha Loures de contemplar também os contratos pré-93, mas a Casa Civil vetou a iniciativa.
Fonte: Valor